Dia Mundial do Livro: de Barcelona para o mundo

Kethlyn Machado

O Dia Mundial do Livro foi idealizado originalmente pelo escritor, tradutor e editor espanhol, Vicente Clavel. Com o intuito de alavancar a venda dos livros de sua editora em Barcelona e homenagear um dos maiores escritores da literatura mundial, Miguel de Cervantes, Clavel propõe a criação do "Día del Libro", a ser comemorado em 7 de outubro - o que acreditava-se ser o dia do nascimento de Cervantes. Posteriormente, a data foi alterada para o dia do falecimento do autor, em 23 do mês de abril, e a celebração passou a ser reconhecida internacionalmente pela UNESCO e comemorada em diversos países.

Também conhecido como Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, o evento tem como objetivo enfatizar a importância da promoção da leitura, da publicação de livros e da proteção dos direitos autorais; além disso, é um momento oportuno para discussão de questões sobre o mercado editorial, este que se depara com um período de mudanças tecnológicas e digitalização. O caráter internacional e multicultural da comemoração permite o debate sobre as tendências da indústria e a possibilidade de maior diversidade e inclusão de autores e histórias de diferentes origens e culturas.

Desde 2001, a UNESCO seleciona uma cidade para ser a "Capital Mundial do Livro", que é reconhecida por sua qualidade e dedicação em relação ao incentivo à leitura e à produção de literatura. Na cidade escolhida, e por todo o mundo, ocorre a realização de diversas atividades, eventos e concursos literários com objetivo de promover a leitura e a reflexão sobre a importância da literatura para a sociedade contemporânea, uma vez que os livros são meios para o acesso à informação, cultura e educação, permitindo enriquecimento social e econômico.

As cidades nomeadas Capital Mundial do Livro pela UNESCO se comprometem a promover o livro e a leitura para todas as faixas etárias e grupos sociais, dentro e fora das fronteiras nacionais, e a organizar um programa de atividades para o ano.

Em 2025, o Rio de Janeiro será a primeira cidade de língua portuguesa nomeada Capital Mundial do Livro. Em 2024, a capital é Estrasburgo.

Como a 25ª cidade a ostentar o título desde 2001, o Rio de Janeiro segue Madri (2001), Alexandria (2002), Nova Deli (2003), Antuérpia (2004), Montreal (2005), Turim (2006), Bogotá (2007), Amsterdã (2008), Beirute (2009), Liubliana (2010), Buenos Aires (2011), Erevã (2012), Bangkok (2013), Porto Harcourt (2014), Incheon (2015), Breslávia (2016), Conacri (2017), Atenas (2018), Xarja (2019), Kuala Lumpur (2020), Tiblíssi (2021), Guadalajara (2022), Acra (2023) e Estrasburgo (2024).

É inegável a importância da existência de um evento como esse, que enxerga a leitura como uma atividade essencial para a formação de indivíduos críticos e reflexivos, capazes de enxergar o mundo com diversas lentes e de se posicionarem perante os desafios da vida contemporânea. O livro é uma das formas mais antigas de registro e difusão de conhecimento e cultura da humanidade, contribuindo para a preservação do patrimônio cultural e da memória das diversas sociedades. É imprescindível que haja esforços constantes para manutenção e crescimento desse evento global, trazendo sempre novas pautas e buscando soluções aos desafios que envolvem o universo literário.

 

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Décio Oliveira Elias,
Rio de Janeiro, RJ

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