O problema está na solidão das pessoas. Como sabes, nunca fui de fazer amizades, mas sempre me apeteceu observar pessoas. Olho no olho. É o que me faz falta. Só. De tudo posso me despojar, caso queira, menos das lembranças.
Lembrei do Amazonas. De quando estivemos lá. Do que fizemos por lá. Das esperanças que levamos. Do desencanto com que voltamos. Lá nos despimos dos preconceitos, do cotidiano, das inibições, das palavras inúteis, dos sentimentos mesquinhos. Desnudamo-nos por completo. Vivemos. Tanto quanto possÃvel. A tudo nos permitÃamos. QuerÃamos salvar o mundo, mas no fundo sabÃamos que o mundo não tinha salvação. QuerÃamos provar de uma vida sem nenhuma das frescuras a que os homens nos submetiam e acabamos submetidos. QuerÃamos encontrar a liberdade entre quem, presumÃamos, eram livres. Presumimos mal. Éramos jovens. Sonhadores. Divinos e maravilhosos. Embalava-nos o sonho. De que, um dia, acordarÃamos e tudo se encontraria como imaginávamos. Embora, desde então, a percepção fosse diferente.
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